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Atendimento aeromédico tem reforço de mais uma aeronave

Atendimento aeromédico no estado tem reforço de mais uma aeronave

Avião concede mais agilidade ao transporte inter-hospitalar de pacientes. Equipamento complementa o atendimento aeromédico, que já conta com helicópteros

 

Desde setembro deste ano o atendimento a casos de urgência e emergência em Minas Gerais passou a contar com o apoio de mais uma aeronave, um avião Cessna, modelo Grand Caravan, que integra o Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), em uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e o Corpo de Bombeiros Militar. 

Equipamentos médicos de suporte avançado de vida e bombeiros militares, médicos e enfermeiros do Samu compõem a equipe da aeronave, que transporta pacientes em estado grave com qualidade, rapidez e segurança.

Ao final de outubro, a aeronave completou um mês de operação. Neste período, foram feitos 2 transportes de órgãos/tecidos humanos e 13 transportes inter-hospitalares. Quase a totalidade destes foram de crianças por meio do cadastro no Sistema Estadual de Regulação Assistencial (SUSFácil).

O transporte feito pelo avião, batizado Arcanjo 07, possibilitou acesso aos serviços hospitalares de alta complexidade, de urgência e emergência credenciados ao SUS em diferentes regiões do estado, tendo o Norte de Minas o maior número de solicitações atendidas. O avião já voou 41h7min, entre atendimentos de ocorrências e voos de treinamento.

O comandante coronel BM, Claudio Roberto de Souza, aponta os benefícios da aeronave para a qualidade do atendimento.

“Realizamos diversos transportes de pacientes via SUS que precisam ser transferidos para hospitais em diferentes localidades. O avião tem uma autonomia enorme e baixo gasto de combustível. A partir de Belo Horizonte, ele vai e volta em qualquer município de Minas Gerais sem ter que parar no meio do caminho para abastecer. Ele nos dá rapidez”, afirma.

De acordo com o capitão BM Peterson José de Paiva Monteiro, piloto de avião, a ação ainda está em fase inicial. “Passados os primeiros 30 dias de operação posso dizer que ainda estamos em uma fase embrionária. Já ajudamos a salvar muitas vidas, mas certamente ainda vamos ajudar a salvar muitas outras”, avalia.

O capitão explica que nem todos os pacientes podem ser transportados pelo avião e que, por isso, é feita uma regulação do atendimento pelo médico do Samu.

“Há casos de pacientes que não podem ser transportados por aeronave, por questões envolvendo instabilidade clínica para voo, condições meteorológicas severas, entre outros fatores. Nesses casos o transporte terrestre pode ser o mais indicado”, esclarece Monteiro.

A ação é uma iniciativa que envolve a SES-MG, o Corpo de Bombeiros Militar e Samu(s) regionais e municipais, destacando-se a parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, que cede, desde 2012, equipe de enfermeiros e médicos para tripular as aeronaves do SAAV.

 

Compromisso com a vida

Dentre as crianças atendidas está Mariana Muniz Alves, à época com 1 mês e 3 dias de vida, que sofre de cardiopatia. A pequena foi transportada de Montes Claros para a Santa Casa de Belo Horizonte, onde recebeu os devidos cuidados.

“Quando atendemos uma criança, quem tem filho sente, é diferente. É um ser inocente e sensível. Precisamos dar um tratamento específico”, comenta o capitão Peterson Monteiro.

Outro atendimento lembrado pelo capitão aconteceu no município de Salinas, no Território Norte. A equipe tinha sido acionada para transportar um recém-nascido daquela cidade para Montes Claros quando foi comunicada que também deveria transportar outro recém-nascido do mesmo município para Belo Horizonte no mesmo voo. “Foi um atendimento simultâneo, otimizamos o uso da aeronave”, frisa. 

Nesse mesmo dia, dois helicópteros - um baseado em Varginha e outro em Belo Horizonte - estiveram envolvidos em uma demanda crítica em Itapecerica, no Território Oeste. Em um churrasco, 10 mulheres se queimaram, um caso que teve grande mobilização e repercussão.

“Enquanto o avião estava no Norte de Minas fazendo dois atendimentos, os helicópteros foram deslocados para prestar o atendimento pré-hospitalar e transportar as pacientes queimadas até o Hospital Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, referência no estado para tratamento de queimaduras”, explica o capitão.

“Ao contrário do helicóptero, o avião é empregado principalmente nos casos em que grandes distâncias precisam ser percorridas. Um complementa o outro e por possuírem características distintas conseguimos melhor cobertura de atendimento no estado. Nosso compromisso é com a vida e estamos à disposição da população”, enfatiza Monteiro.

Para acionar o Samu, o cidadão deve ligar 192 e, para acionar os Bombeiros Militares, ligue 193.
 

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