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Estado é o segundo melhor no tratamento de HIV

Estado apresenta segunda melhor resposta nacional para o tratamento de HIV

No monitoramento clínico feito pelo Ministério da Saúde, Minas Gerais já atingiu a meta de 90% de pessoas diagnosticadas com o vírus. Dessas, 81% estão em tratamento com medicação antirretroviral e 76% estão com carga viral indetectável.

 

O Ministério da Saúde divulgou o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV. Nele, são apresentados os indicadores sobre o diagnóstico, o tratamento e a profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV em todo o país, com o objetivo de determinar a qualidade assistencial do diagnóstico e tratamento da doença.

“A meta nacional é atingir até 2030, 90% das pessoas diagnosticadas, dessas, 90% das pessoas em tratamento e, dessas, 90% das pessoas com carga viral indetectável”, explica a coordenadora de (IST/AIDS) e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Jordana Lima.

No relatório, que traz os resultados do monitoramento clínico em 2016 e primeiro semestre de 2017, Minas Gerais aparece como a segunda melhor resposta nacional. “Nós já atingimos a primeira meta de 90% das pessoas diagnosticadas. Atualmente, temos cerca de 80% dessas pessoas em tratamento com medicação antirretroviral e 76% estão com carga viral indetectável”, afirmou a coordenadora.

Tais resultados são reflexo do trabalho da Coordenação Estadual de IST/AIDS de monitorar os serviços de diagnóstico e de tratamento presentes no estado, além de garantir à vinculação dos usuários a equipe multiprofissional.

“Temos técnicos acompanhando diariamente o sistema de informação para diminuir cada vez mais as taxas de abandono ao tratamento. O objetivo é realizar a busca ativa das pessoas em abandono, entender a individualidade e trabalhar a adesão de forma humanizada e com equidade”, diz.

Além do monitoramento clínico da doença, há também a aquisição de materiais que atuam na prevenção, como o preservativo feminino e masculino, gel lubrificante e ações de profilaxia pós-exposição (PEP).

“A estratégia estadual para o próximo ano é ampliar as formas de diagnóstico em vários níveis de atenção, mas com enfoque maior na atenção primária à saúde. Buscamos inserir dentro da rotina de saúde a testagem das pessoas que têm vida sexualmente ativa é um desafio cotidiano da coordenação”, avalia Jordana.

 

A doença no estado

Em Minas Gerais, entre 2010 a 2016 foram notificados 25.512 casos de HIV/Aids. No ano de 2016 foram notificados 4.588 casos da doença. A maior concentração de casos de HIV/AIDS no estado está na faixa etária de 20 a 34 anos. Essa predominância na faixa etária mais jovem está ligada a diversos fatores, entre eles: a baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, a falta de prevenção e o uso de drogas ilícitas. Confira no boletim epidemiológico os detalhes sobre a doença no estado.

Clique aqui e confira o boletim epidemiológico de HIV/AIDS panorama de 2016.

 

Medicamentos

O Brasil é referência internacional no tratamento de HIV/AIDS. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) é disponibilizado mensalmente às pessoas que vivem com AIDS os antirretrovirais por meio das Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDMs). Atualmente, o estado fornece medicamentos para aproximadamente 43 mil pessoas com HIV positivas. Ao todo, Minas Gerais possui cerca de 48 mil pessoas que vivem com HIV.

Os antirretrovirais são medicamentos que combatem a multiplicação do vírus HIV e fortalecem o sistema imunológico. O tratamento contínuo com os remédios reduz a mortalidade e o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem HIV/AIDS.

“O tratamento é 100% SUS e é essencial tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa”, avalia Jordana Costa Lima.

 

PrEP

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo vírus é uma terapia de uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição ao HIV. Tem como objetivo prevenir a infecção pelo vírus e promover uma vida sexual mais saudável.

A Profilaxia é indicada para populações em situação de maior vulnerabilidade e com risco acrescido de infecção pelo HIV, ou seja, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e casais sorodiferentes (casais em que um dos parceiros vive com HIV e o outro não e que mantêm relações sexuais, repetidas vezes, sem o uso de camisinha ou que têm usado a Profilaxia Pós-Exposição repetidamente ou que apresentem infecções sexualmente transmissíveis).

A PrEP estará disponível em 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico para uso da PrEP no Diário Oficial. A sua implantação se dará de forma gradual, com monitoramento anual. Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que cerca de 7 mil pessoas farão o uso da profilaxia do país, no primeiro ano de implantação. Em Minas, está prevista a chegada dos primeiros tratamentos no início de 2018.

 

Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além da distribuição gratuita de preservativos e testes rápidos pelas Unidades Básicas de Saúde, Serviços de Atenção Especializada (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e outros serviços credenciados, outras recomendações também são importantes para a prevenção da infecção:

- Fazer uso do preservativo (feminino ou masculino) em todas as relações sexuais;
- Não compartilhar agulhas ou seringas;
- Usar material esterilizado na aplicação de tatuagens e piercings;
- Realizar os exames de pré-natal durante a gestação;
- Evitar materiais não esterilizados em clínicas odontológicas, nas manicures, barbearias, etc;
- Evitar o uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas. Elas podem alterar o nível de consciência do indivíduo e a capacidade de tomar decisões sobre a forma de se proteger.

Para mais informações sobre HIV/AIDS acesse aos hotsites Sexo seguro, AIDS e o Blog da Saúde MG.

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